A atividade industrial dos EUA cresceu em janeiro pela primeira vez em mais de dois anos, impulsionada por um forte aumento nos pedidos.
O PMI de manufatura do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) subiu para “50,9” no mês passado, de “49,2” em dezembro, atingindo seu maior nível desde setembro de 2022. Foi a primeira vez desde outubro de 2022 que o índice superou 50, sinalizando crescimento no setor, que representa 10,3% da economia dos EUA.
Economistas consultados pela Reuters previam um avanço para 49,8.
Apesar da recuperação, a alta pode ser limitada pelo aumento dos custos das matérias-primas, após Donald Trump impor tarifas sobre produtos do Canadá e México.
IMPACTO DAS TARIFAS
No sábado (1°), Trump anunciou tarifas de 25% sobre importações canadenses e mexicanas, que entram em vigor nesta terça-feira. A medida pode elevar os custos da manufatura e afetar as cadeias de suprimentos.
A indústria sofreu nos últimos anos com as altas de juros promovidas pelo Federal Reserve para conter a inflação. O banco central começou a reduzir as taxas em setembro, cortando “100 pontos-base” antes de pausar o processo em janeiro devido às incertezas econômicas.
O subíndice de novos pedidos da pesquisa ISM subiu de “52,1” em dezembro para “55,1” em janeiro, enquanto a produção também registrou avanço.
A medida de preços pagos pelos fabricantes atingiu uma máxima de oito meses, subindo de “52,5” para “54,9”.
As importações cresceram, sugerindo que as empresas anteciparam o recebimento de materiais antes da imposição das tarifas.
O nível de emprego nas fábricas voltou a crescer pela primeira vez desde maio do ano passado. O índice de empregos no setor subiu para “50,3”, após marcar “45,4” em dezembro.