Dólar dispara e bolsas globais caem após Trump aplicar tarifas sobre Canadá, México e China

O presidente dos EUA impôs tarifas de 10% aos produtos chineses e de 25% para importações do México e do Canadá.


O dólar opera em alta nesta segunda-feira (3), após o anúncio de que Donald Trump decidiu taxar seus três principais parceiros comerciais: China, Canadá e México.

O presidente dos EUA impôs tarifas de 10% aos produtos chineses e de 25% para importações do México e do Canadá — incluindo 10% sobre o petróleo canadense. As medidas entram em vigor nesta terça-feira (4).

Trump afirmou que as tarifas eram uma de suas promessas de campanha e que farão o país crescer. “Podemos enfrentar alguma dor”, disse no domingo (2), “mas valerá a pena o preço que devemos pagar”.

O Canadá já anunciou retaliação com tarifas de 25% sobre produtos americanos. O México estuda medidas para proteger sua economia.

A China declarou que as tarifas violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e prometeu recorrer à entidade.

Os mercados reagem com cautela, temendo que a troca de tarifas leve a uma guerra comercial global, elevando os preços de bens e matérias-primas.

Diante da incerteza, o dólar — considerado um “refúgio” seguro para investidores — avança, enquanto as bolsas de valores caem.

Na Ásia, onde os mercados já fecharam, o dia foi de baixa generalizada:

• Nikkei (Tóquio) caiu 2,66%

• KOSPI (Coreia do Sul) recuou 2,52%

• TAIEX (Taiwan) teve forte baixa de 3,53%

• Hang Seng (Hong Kong) caiu 0,04%

Na Europa, os principais índices também operam no vermelho.

Às 09h45, o dólar subia 0,31%, cotado a R$ 5,8551. Na sexta-feira (31), a moeda havia fechado em queda de 0,25%, cotada a R$ 5,8372.

Especialistas alertam que as tarifas podem elevar a inflação nos EUA, já que os preços de produtos importados e matérias-primas devem subir.

O Federal Reserve (Fed), que busca controlar a inflação, suspendeu cortes nas taxas de juros, o que fortalece ainda mais o dólar.

Com o impacto global da moeda americana, a inflação pode acelerar em países que dependem do comércio com os EUA.

Os mercados seguem reagindo, em um dia de forte volatilidade no cenário financeiro mundial.