Um caso de gripe aviária H5N9 foi detectado em uma criação comercial de patos no condado de Merced, na Califórnia, segundo a Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), em relatório publicado nesta terça-feira (28).
“A presença da gripe aviária altamente patogênica H5N9 da linhagem euroasiática ganso/Guangdong (…) e da gripe aviária altamente patogênica H5N1 (…) foi confirmada”, declarou a OIE. “Este é o primeiro caso confirmado de H5N9 em aves nos Estados Unidos.”
O caso foi identificado em 13 de janeiro, mas a origem da contaminação permanece desconhecida. Todas as 119 mil aves da granja foram sacrificadas como medida preventiva. O Departamento de Agricultura dos EUA, em parceria com autoridades estaduais e federais, está conduzindo uma investigação epidemiológica e reforçando a vigilância em regiões afetadas.
A descoberta ocorre em um contexto de crescente preocupação internacional. O vírus H5N1 já se espalhou rapidamente por várias regiões dos Estados Unidos, levantando temores de uma futura pandemia em humanos. Especialistas alertam que a combinação do H5N1 com a gripe sazonal pode gerar uma mutação que facilite a transmissão entre humanos.
O surto atual permanece restrito a animais, mas os EUA registraram 60 casos humanos causados pela exposição direta a aves infectadas, incluindo uma morte confirmada no início de janeiro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que “nenhuma transmissão de humano para humano foi detectada até o momento”.
Apesar disso, o cenário global é desafiador. A recente saída dos EUA da OMS, decretada pelo presidente Donald Trump, dificulta a cooperação internacional e o monitoramento da gripe aviária.
No sábado (25), a CIA reforçou tensões ao afirmar que é “mais provável” que a Covid-19 tenha se originado em um laboratório chinês. A China negou as alegações. Esse contexto agrava a necessidade de cooperação para prevenir uma nova pandemia.