Impedido de ir aos EUA, Bolsonaro deixa Michelle no aeroporto e chora: “estou abalado, é uma perseguição política”

Michelle representará o marido na cerimônia de posse de Donald Trump como presidente, marcada para a próxima segunda-feira (20).


Impedido de sair do país, o ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro até o aeroporto de Brasília, onde ela embarcou para os Estados Unidos. Michelle representará o marido na cerimônia de posse de Donald Trump como presidente, marcada para a próxima segunda-feira (20).

Visivelmente emocionado, Bolsonaro chorou ao falar da impossibilidade de participar do evento. “Obviamente seria muito bom a minha ida lá. O presidente Trump gostaria muito, tanto é que ele me convidou. Estou chateado, abalado ainda, mas enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa”, declarou o ex-presidente.

Com o passaporte retido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro lamentou não poder comparecer ao evento. “Eu sou preso político, apesar de estar sem tornozeleira eletrônica. Espero que sua excelência não queira colocar em mim para me humilhar de vez. Estou sim constrangido. Queria estar acompanhando minha esposa. Quem vai acompanhar será meu filho Eduardo e a esposa dele”, afirmou.

Bolsonaro revelou que encontros com chefes de estado estavam organizados, mas serão conduzidos por Eduardo Bolsonaro. Ele também sugeriu que o convite de Trump seria um reconhecimento de sua importância para a democracia brasileira. “Gostaria de apertar a mão dele, conversar. Entendo a grandiosidade do momento, as pessoas importantes que estariam lá. Com toda certeza, se ele me convidou, é porque acredita que pode colaborar com a democracia do Brasil, afastando minhas inelegibilidades políticas”, comentou.

Ao embarcar, Michelle Bolsonaro também criticou a perseguição ao marido. “Deus vai ter misericórdia da nossa nação. Meu marido está sendo perseguido, assim como aqueles que Deus envia são perseguidos. Foi o maior líder da direita, que elegeu o maior número de vereadores e prefeitos. É um certo medinho que eles têm do meu marido”, afirmou.