Reconhecido pela administração de Joe Biden como presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, ainda no exílio, afirmou na quinta-feira (16) que irá à posse de Donald Trump, após convite do futuro presidente dos Estados Unidos.
A sinalização é significativa, especialmente diante das incertezas sobre as ações de Trump em relação à Venezuela. A questão central é se ele intensificará as sanções contra o regime de Nicolás Maduro ou buscará um diálogo para enfrentar o fluxo migratório e o tráfico de drogas.
Além do convite a González, outro ponto relevante foi o discurso do futuro secretário de Estado, Marco Rubio. Durante uma audiência no Senado dos EUA, Rubio afirmou que “infelizmente, a Venezuela não é governada por um governo, mas pelo narcotráfico”.
Rubio também criticou a decisão da Casa Branca de permitir que a Chevron voltasse a operar na Venezuela, considerando que isso ajudaria a financiar o regime de Maduro. Ele indicou que a nova administração poderia reavaliar essa permissão.
O imbróglio surgiu com as eleições na Venezuela, que foram marcadas por fraude, conforme Rubio, apesar de o processo eleitoral ter ocorrido. Em uma reunião com Biden, no último dia 6, González também discutiu com membros do futuro governo Trump.
Ele e a líder opositora María Corina Machado acreditam que haverá mais pressão contra Caracas com Trump. “A grande comunidade venezuelana-americana nos Estados Unidos apoia esmagadoramente uma Venezuela livre”, declarou Trump em apoio a eles.
Logo após a eleição de Trump, Maduro adotou um tom mais moderado, afirmando que, embora o governo republicano não tenha sido favorável à Venezuela, havia uma chance de iniciar uma relação de “ganha-ganha”.
González, que esteve na Costa Rica na quinta-feira, está em uma série de visitas por vários países das Américas. Ele havia prometido retornar à Venezuela no dia 10 de janeiro – dia da posse de Maduro, mas não o fez devido ao fechamento das fronteiras e ao aumento da segurança.