OEA rejeita posse de Maduro e exige restauração da democracia na Venezuela

A declaração afirma que a posse de Maduro, realizada no dia 10 de janeiro, “carece de legitimidade democrática e evidências verificáveis de integridade eleitoral”.


Delegações da Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiram uma declaração conjunta em que rejeitam a posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. Publicado na quarta-feira (16) em suas contas na rede social X, o texto foi assinado por 14 dos 34 países-membros da organização. Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Jamaica, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai expressaram preocupação com a “deterioração política, econômica e a crise social e humanitária” no país.

A declaração afirma que a posse de Maduro, realizada no dia 10 de janeiro, “carece de legitimidade democrática e evidências verificáveis de integridade eleitoral”. Além disso, o documento apela à comunidade internacional para que continue a apoiar os esforços diplomáticos para restaurar a ordem democrática na Venezuela.

Maduro, em seu discurso anual nas urnas, defendeu sua vitória nas eleições de 28 de julho. Contudo, os resultados discriminados por seção eleitoral e mesa ainda não foram divulgados, o que gerou mais desconfiança sobre a veracidade do pleito. A OEA também expressou solidariedade com os venezuelanos que foram forçados a deixar o país e reconheceu os esforços das nações que receberam os migrantes.

A coalizão de oposição venezuelana classificou a posse de Maduro como “golpe de Estado” e, citando uma ata do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), defendeu que “Edmundo González deve assumir como presidente”. O governo de Maduro refutou tais alegações, afirmando que são “falsas”.

González, exilado desde setembro na Espanha, havia anunciado que retornaria a Caracas para contestar a posse de Maduro. No entanto, seu último destino conhecido foi a Costa Rica, após percorrer vários países que o reconhecem como presidente eleito.