A vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), coordenadora nacional do MBL (Movimento Brasil Livre), ficou conhecida por seus vídeos virais em que provoca eleitores do presidente Lula. No entanto, ela afirma que pode votar a favor de projetos do PT que considerar positivos para São Paulo.
“É claro que acredito que a maior parte do que vem eu não vou concordar. Mas se vier algo que é bom, eu também posso votar. Não tem nada que ‘ai meu Deus, é do PT então eu não vou nem ler’. Não pode ter essa rixa só ideológica, tem que ser de propostas”, declara Vettorazzo.
A jovem, que possui quase 1 milhão de seguidores no Instagram, promete moderação em sua atuação na Câmara Municipal e quer “tirar essa carinha de briguenta” que construiu. Ela admite que, para ser notada, teve que “gritar” durante a campanha, que contou com apenas R$ 5.000.
Vettorazzo se vê como uma vereadora independente, sem seguir todos os acordos do União Brasil de Milton Leite, mas nega fazer parte do grupo dos ‘barulhentos’, novos influenciadores de direita eleitos, que prometem embates mais intensos no plenário.
“Não precisa ser independente e barulhento. Mas, se precisar, claro que a gente faz barulho”, diz. “A gente vai tentar no diálogo, mas por exemplo, se tiver uma política pública de que todas as escolas vão ter apresentação trans para as criancinhas, não importa, eu vou fazer barulho”, complementa.
Em sua primeira sessão, no dia 1º de janeiro, ela se absteve na votação de Hélio Rodrigues (PT) para primeiro secretário da Mesa Diretora da Casa, contrariando um acordo com o PT. A divisão também ocorreu no PL, com três vereadores do partido votando contra o nome petista, indicando uma possível dificuldade de consenso para o prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta legislatura.
Vettorazzo se distanciou da gritaria no plenário, onde seus colegas trocaram gritos como “Lula ladrão” e “sem anistia”. Ela se diz paralisada, mas, em seguida, conseguiu as 19 assinaturas necessárias para protocolar uma CPI para investigar invasões de movimentos sem-teto, proposta semelhante à de Lucas Pavanato, do PL, sendo o vereador mais votado da capital nas eleições de 2024.
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