O aguardado desfile militar do presidente dos EUA, Donald Trump, tomou as ruas de Washington neste sábado (14), em comemoração ao 250º aniversário do Exército dos Estados Unidos. O evento, que coincidiu com o 79º aniversário de Trump, foi cercado por tensões políticas e protestos de grande escala em diversas cidades do país.
Horas antes do início do desfile, centenas de milhares de manifestantes marcharam por ruas de Nova York, Chicago e Los Angeles, em protesto contra o histórico de Trump na presidência. Foram as maiores manifestações desde seu retorno ao poder, em janeiro.

Com previsão de tempestades, o desfile começou antes do horário anunciado. Tanques M1 Abrams, veículos blindados Stryker, peças de artilharia M777 e M119 e outros equipamentos percorreram a Constitution Avenue, em uma rara exibição militar no território americano. Ao todo, quase 7.000 soldados e 150 veículos foram mobilizados.
“Todos os outros países comemoram suas vitórias, já era hora da América fazer o mesmo”, declarou Trump à multidão, de uma plataforma elevada e protegida por vidro blindado. Ele saudou as tropas em diversos momentos do desfile, que recontou a trajetória do Exército desde a Guerra Revolucionária até os dias atuais.

Entre os presentes estavam membros do gabinete, como o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, e o secretário de Estado, Marco Rubio. Críticos apontaram o desfile como um gesto autoritário e um desperdício de recursos públicos, especialmente em meio à proposta de cortes orçamentários anunciada por Trump.
Segundo autoridades ouvidas pela agência Reuters, os custos do evento devem variar entre US$ 25 milhões e US$ 45 milhões, incluindo transporte, alimentação e logística das tropas.
“Não vejo controvérsia. Celebrarei a segurança e a estabilidade em vez da anarquia”, disse Bryan Henrie, de 61 anos, vindo do Texas para prestigiar a cerimônia.