A Reunião Anual do Grupo Bilderberg teve início na quinta-feira (12) em Estocolmo, Suécia, reunindo lideranças políticas, empresariais, da mídia e militares em um fórum fechado marcado pela confidencialidade. O evento ocorre em um momento delicado para as relações entre os Estados Unidos e a Europa, afetadas por decisões recentes do presidente Donald Trump, que impactaram os laços econômicos e de segurança entre as potências ocidentais.
Fundado em 1954 para fomentar o diálogo transatlântico, o encontro é conhecido por seu caráter sigiloso. A imprensa não é convidada e os participantes não costumam divulgar o conteúdo das conversas, o que alimenta especulações e teorias da conspiração. Os organizadores, porém, afirmam que o sigilo serve para garantir liberdade de expressão em um ambiente de confiança, sem resoluções, votações ou posicionamentos políticos oficiais.

Entre os convidados deste ano estão o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte; o CEO da Microsoft, Satya Nadella; e o general Christopher Donahue, comandante das forças dos EUA na Europa e África. O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, discursará sobre a competitividade da União Europeia e o apoio sueco à Ucrânia.
Os temas debatidos este ano, obtidos pela The São Paulo News, incluem:
• Relação Transatlântica;
• Ucrânia;
• Economia dos EUA;
• Europa;
• Oriente Médio;
• Eixo Autoritário;
• Inovação e Resiliência em Defesa;
• Inteligência Artificial;
• Dissuasão e Segurança Nacional;
• Proliferação;
• Geopolítica de Energia e Minerais Críticos;
• Despovoamento e Migração.
Christina Garsten, professora do Colégio Sueco de Estudos Avançados e especialista em think tanks, afirma que fóruns como o Bilderberg influenciam a formação de agendas políticas e empresariais globais, mas alerta para o risco de serem vistos como antidemocráticos. “É nesse espaço que as teorias da conspiração podem florescer”, disse ela, rejeitando, no entanto, a ideia de que o grupo forme um “governo mundial oculto”.