Levantamento realizado pelo instituto Ipsos-Ipec revela que 49% dos brasileiros avaliam que a situação econômica do país piorou nos últimos seis meses. Em dezembro de 2024, esse índice era de 40%. Outros 26% acreditam que a situação permanece igual, enquanto 23% afirmam que melhorou. Já 3% não souberam ou não responderam.
A pesquisa foi feita presencialmente com 2.000 pessoas com 16 anos ou mais, em 132 municípios, entre os dias 5 e 9 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança, de 95%.
A expectativa para os próximos seis meses também se deteriorou. Para 39%, a economia deve piorar — contra 34% em dezembro passado. Já 31% projetam melhora (eram 39%), enquanto 24% acreditam que a situação permanecerá igual. Outros 5% não souberam ou não opinaram.
Em relação ao combate ao desemprego, 45% classificam a atuação do governo como ruim ou péssima — mesmo índice de março. A aprovação caiu de 30% no fim de 2024 para 25%. A avaliação regular recuou de 31% para 28%, e 2% não responderam.
Os dados contrastam com o desempenho do mercado de trabalho. A PNAD Contínua Trimestral do IBGE apontou taxa de desemprego estável em 6,6% em maio — a menor da série histórica — com cerca de 7,3 milhões de pessoas desocupadas.
Na área da saúde, 48% consideram a gestão ruim ou péssima (eram 46%). A aprovação é de 22%, e 28% julgam a atuação regular. Na segurança pública, 52% têm avaliação negativa; 20% aprovam, e 26% consideram regular.
Já na política externa, houve leve melhora: 28% classificam a atuação como ótima ou boa (eram 25%). A reprovação caiu de 40% para 39%.
No meio ambiente, 26% aprovam a atuação, e 40% a reprovam. No combate à fome e à pobreza, a aprovação oscilou de 27% para 26%, com reprovação ligeiramente menor: de 47% para 46%.