“O que virá será muito pior para o Irã”, diz Netanyahu

Israel e Irã iniciaram ataques mútuos na sexta-feira (13), enquanto as tensões entre os países atingem níveis inéditos.


Irã e Israel protagonizaram uma troca intensa de mísseis e bombardeios neste sábado (14), um dia após uma ampla ofensiva aérea israelense atingir instalações nucleares e alvos militares em território iraniano. Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, os ataques teriam atrasado em anos o programa nuclear iraniano. Ele afirmou ainda que a ofensiva será ampliada: “O que o regime dos aiatolás sentiu até agora não é nada comparado ao que virá nos próximos dias”.

A TV estatal iraniana relatou a morte de cerca de 60 pessoas, entre elas 20 crianças, após um ataque a um complexo residencial. Outras explosões foram registradas em várias partes do país. Israel, por sua vez, declarou ter atingido mais de 150 alvos estratégicos no Irã.

Durante a madrugada, sirenes de alerta em Israel obrigaram moradores a buscar abrigo, enquanto mísseis cruzavam os céus e eram interceptados por sistemas de defesa. Três pessoas morreram no país. Autoridades israelenses disseram que o Irã lançou cerca de 200 mísseis balísticos em quatro ondas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, elogiou os ataques israelenses e alertou para consequências mais severas, caso Teerã não aceite as exigências americanas de desmonte do programa nuclear. As negociações entre os dois países estavam previstas para domingo (15), mas podem ser suspensas.

Washington confirmou ter auxiliado Israel na interceptação de mísseis iranianos. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, foi enfático: “Se Khamenei continuar com os ataques, Teerã irá queimar”.

Teerã prometeu vingança pelo bombardeio que teria dizimado parte da cúpula nuclear e militar iraniana. O regime também advertiu aliados de Israel, afirmando que suas bases poderão ser alvo se apoiarem interceptações.

Com o Hamas e o Hezbollah enfraquecidos por conflitos anteriores, o Irã enfrenta dificuldades para retaliar por meio de aliados regionais. Países do Golfo pedem calma diante da alta de 7% no preço do petróleo e do risco de bloqueio no Estreito de Ormuz.