O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou, nesta sexta-feira (13), a ofensiva militar de Israel contra o Irã, iniciada na noite de quinta-feira (12). O ataque israelense teve como alvo bases e instalações nucleares iranianas e atingiu o alto comando das Forças Armadas do país persa.
Segundo o governo israelense, a ação teve o objetivo de neutralizar as capacidades estratégicas do Irã, tanto no campo nuclear quanto no militar, além de enviar uma mensagem clara contra a aquisição de armas de destruição em massa pelo regime dos aiatolás.
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro declarou: “O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional. Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial.”
Ainda de acordo com o Itamaraty, o Brasil “insta todas as partes” à “máxima contenção” e ao “fim imediato das hostilidades”.
Até o momento, o presidente Lula não se pronunciou diretamente sobre a ofensiva de Israel contra o Irã. Em outras ocasiões, o chefe do Executivo tem se manifestado com frequência para condenar a atuação militar israelense na Faixa de Gaza, em resposta aos ataques do Hamas.
Em comunicado nesta sexta-feira, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Effie Defrin, afirmou que o país deve se preparar para uma “operação prolongada” contra o Irã. “Estamos monitorando o Irã, nos preparando para uma resposta iraniana; sabemos que eles estão se preparando para responder e disparar contra nós. […] Atualmente, as FDI estão dando continuidade ao ataque planejado contra os alvos da operação, juntamente com uma defesa robusta do Estado de Israel”, declarou.
Segundo ele, o exército israelense possui “objetivos para a guerra” e continuará operando “até que sejam alcançados”, com “metas e objetivos bem definidos”.