Avião cai na Índia e mata mais de 240 pessoas

O acidente desta quinta-feira é a pior tragédia aérea registrada no mundo em uma década.


Um avião da Air India com destino a Londres caiu momentos após decolar da cidade de Ahmedabad nesta quinta-feira (12), deixando mais de 240 mortos no que autoridades classificam como o pior desastre aéreo da última década.

A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner com 242 pessoas a bordo, caiu sobre um alojamento de uma faculdade de medicina durante o horário de almoço. Apenas um passageiro sobreviveu: um cidadão britânico de origem indiana, que estava no assento 11A, próximo a uma saída de emergência. Ele relatou ter ouvido um forte estrondo segundos após a decolagem, antes do impacto.

O sobrevivente, identificado como Ramesh Viswashkumar, de 40 anos, relatou ao Hindustan Times que, ao acordar no meio dos destroços, viu corpos ao seu redor e fugiu até ser socorrido por uma ambulância. Seu irmão, que o acompanhava, ainda está desaparecido.

Segundo a polícia local, algumas vítimas estavam em solo, no prédio atingido. A contagem inicial de 294 mortes foi revisada após a exclusão de partes de corpos contadas duas vezes. Entre os mortos está o ex-ministro-chefe do estado de Gujarat, Vijay Rupani. Parentes foram convocados para fornecer amostras de DNA.

A aeronave transportava 217 adultos, 11 crianças e dois bebês. Havia 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense a bordo. O avião, que entrou em operação em 2014, nunca havia registrado incidentes graves.

Câmeras de segurança registraram o momento da decolagem e, segundos depois, uma bola de fogo elevando-se no céu. A cauda da aeronave ficou presa ao topo do prédio atingido.

Autoridades indianas abriram uma investigação formal. Uma equipe de especialistas será designada para apurar as causas do acidente, com apoio da fabricante de motores GE Aerospace, da Boeing e da Administração Federal de Aviação dos EUA.

O primeiro-ministro Narendra Modi disse que a tragédia é “de cortar o coração”. O premiê britânico Keir Starmer e o presidente dos EUA, Donald Trump, também lamentaram o ocorrido.