Autoridades norte-americanas foram informadas de que Israel está plenamente preparado para iniciar uma operação militar contra o Irã, segundo fontes ouvidas pela emissora CBS News. Diante desse cenário, o governo dos Estados Unidos avalia que o Irã poderá retaliar em alvos ligados a interesses norte-americanos no vizinho Iraque.
Como precaução, o Departamento de Estado dos EUA orientou, nesta quarta-feira (11), a retirada de funcionários não essenciais da Embaixada dos EUA em Bagdá. Também foi autorizada a saída voluntária de pessoal e familiares em postos diplomáticos no Bahrein e no Kuwait, em resposta ao aumento das tensões regionais.
Apesar de a missão diplomática em Bagdá já operar com efetivo reduzido, o Pentágono está pronto para prestar apoio logístico a uma eventual evacuação completa, segundo fontes do governo americano à The São Paulo News. As autoridades falaram sob condição de anonimato, uma vez que os planos ainda não foram anunciados oficialmente.
O enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Oriente Médio, Steve Witkoff, permanece com planos de se reunir com autoridades iranianas nos próximos dias, em uma nova tentativa de retomar as negociações sobre o programa nuclear do Irã.
Em declaração feita no Kennedy Center, também nesta quarta-feira à noite, Trump afirmou que os americanos foram aconselhados a deixar a região porque ela “pode ser perigosa” e reiterou que os EUA não permitirão que o Irã desenvolva uma arma nuclear.
O aumento da tensão ocorre em meio ao impasse nas tratativas sobre o acordo nuclear de 2015. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) poderá votar, nos próximos dias, uma moção de censura contra o Irã, o que pode abrir caminho para novas sanções da ONU.