O governador da Califórnia, Gavin Newsom, afirmou nesta segunda-feira (9) que foi informado sobre o envio de mais 2.000 soldados da Guarda Nacional a Los Angeles, por ordem do presidente Donald Trump. Segundo o governador, apenas 300 dos primeiros 2.000 militares já enviados haviam sido mobilizados, enquanto o restante permanece “sem uso, em prédios federais, sem ordens claras”.
Newsom criticou duramente a decisão de Trump e compartilhou imagens de soldados dormindo no chão, alegando que muitos não receberam alimentação nem água. “Não se trata de segurança pública. Trata-se de inflar o ego de um presidente perigoso. Isso é imprudente, sem sentido e desrespeitoso com nossas tropas”, declarou.
O envio das tropas foi formalizado por meio de um memorando presidencial assinado no sábado (7). Segundo a Casa Branca, o objetivo é conter os protestos que ocorrem na cidade.
Além da Guarda Nacional, o Comando Norte dos Estados Unidos informou que ativou cerca de 700 fuzileiros navais para reforçar a proteção de instalações e funcionários federais na região de Los Angeles. A ativação inclui um batalhão de infantaria que já estava de prontidão desde o fim de semana.
Durante o último fim de semana, os protestos no centro da cidade resultaram na prisão de ao menos 50 pessoas, conforme informou o Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD). No sábado, 29 manifestantes foram detidos por se recusarem a se dispersar. No domingo, outras 21 pessoas foram presas sob suspeita de crimes como saques, agressão com arma letal e tentativa de homicídio utilizando coquetéis molotov.
O LAPD também informou que cinco policiais e cinco cavalos ficaram levemente feridos nos confrontos. Para conter os protestos, foram utilizados gases e mais de 600 cartuchos de munições menos letais.
