O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, neste sábado (7), o envio de 2.000 soldados da Guarda Nacional da Califórnia para Los Angeles, mesmo diante da oposição do governador do estado, Gavin Newsom. A medida ocorre após protestos que levaram a confrontos entre manifestantes e autoridades de imigração.
Em comunicado oficial, a Casa Branca justificou a ação afirmando que se trata de conter a “ilegalidade que foi permitida prosperar” na Califórnia. Trump federalizou parte da Guarda sob autoridade do Título 10, o que transfere o controle das tropas estaduais ao governo federal.

O governador Newsom, democrata, criticou duramente a decisão, classificando-a como “deliberadamente inflamatória” e alertando que ela apenas “aumentará as tensões”. Segundo ele, as forças locais têm acesso imediato à assistência policial e “não há nenhuma necessidade não atendida”.
A mobilização federal acontece enquanto os protestos em Los Angeles seguem pelo segundo dia consecutivo. Agentes da Patrulha de Fronteira, com trajes de choque e máscaras de gás, enfrentaram manifestantes em um parque industrial na cidade de Paramount. Gás lacrimogêneo foi lançado e vias públicas foram fechadas. A região abriga uma população majoritariamente latina.
Cartazes com frases como “Nenhum ser humano é ilegal” foram exibidos. Em meio à tensão, houve registros de fogo em arbustos e lixo, além de ataques a um veículo oficial. Uma mulher com megafone gritava: “Fora ICE de Paramount. Vocês não são bem-vindos aqui.”

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que o trabalho das autoridades de imigração é “essencial para deter a invasão de criminosos ilegais” e criticou o que chamou de “líderes democratas ineficazes”.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, também se manifestou, alertando que “interferências na aplicação das leis de imigração não serão toleradas”.