Cerca de 300 membros da Guarda Nacional chegaram a Los Angeles na manhã deste domingo (8), após ordem do presidente dos EUA, Donald Trump, para o envio de 2.000 soldados. A medida, duramente criticada pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, foi chamada de “inflamatória e desnecessária”. Já a prefeita da cidade, Karen Bass, classificou a ação como uma “escalada caótica”.
Newsom, em publicação nas redes sociais, pediu calma aos manifestantes e alertou: “Não deem a Trump o que ele quer”.
O diretor do ICE e conhecido como “czar da fronteira”, Tom Homan, defendeu a mobilização militar e chegou a afirmar que autoridades como Newsom e Bass poderiam ser presas se dificultassem as operações.
Os protestos em Los Angeles foram motivados por batidas federais contra imigrantes. Durante os atos, manifestantes entraram em confronto com a polícia. Onze pessoas foram detidas por se recusarem a dispersar.
Bandeiras do México foram erguidas por manifestantes durante os atos. Em resposta, o embaixador dos EUA no México, Ronald Johnson, declarou em sua conta no X: “Os protestos violentos não representam o povo mexicano orgulhoso e trabalhador que conhecemos e respeitamos. O México é nosso parceiro, e os laços entre nossas nações são profundos”.
O vice-diretor do FBI, Dan Bongino, publicou um alerta direto: “Se você escolher a violência esta noite, esta mensagem é para você”. Segundo ele, o FBI investigará todas as agressões contra agentes federais.
Trump, por sua vez, afirmou no Truth Social que ordenou ao seu gabinete que tome “todas as medidas necessárias para libertar Los Angeles da invasão migrante” e sugeriu, sem detalhes, que poderá invocar a Lei da Insurreição.
A Lei da Insurreição, dos EUA, permite que o presidente mobilize forças militares dentro do país para conter desordens civis, rebeliões ou insurreições, quando as autoridades locais não conseguem manter a ordem ou aplicá-la à lei federal.
