A Polícia Civil de São Paulo localizou manchas de sangue no veículo do empresário Adalberto Amarillo Júnior, encontrado morto no último dia 3 em um buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital. O corpo foi achado quatro dias após seu desaparecimento.
Segundo o Instituto de Criminalística, a perícia identificou sangue humano em quatro pontos do carro: ao lado da porta, no assoalho traseiro, atrás do banco do passageiro e no banco traseiro. Exames genéticos foram solicitados para confirmar se o material biológico pertence a Adalberto.
O empresário desapareceu em 30 de maio, após participar de um evento no autódromo. Ele chegou sozinho ao local por volta das 12h30, trajando boné, camiseta preta, calça jeans e botas. Às 20h30, enviou uma última mensagem à esposa. Desde então, não foi mais visto.
Um amigo relatou à polícia que Adalberto consumiu maconha e ingeriu oito copos de cerveja durante o evento. Ao se despedirem, o empresário teria dito que retornaria ao carro, mas não há imagens dele indo até o estacionamento.

O corpo foi localizado em uma escavação de três metros de profundidade por 80 centímetros de diâmetro, a cerca de 200 metros do estacionamento. Estava sem calça nem calçados. As roupas não foram encontradas até o momento.
Exames iniciais do IML apontam compressão torácica como causa da morte, sugerindo asfixia por falta de espaço para respirar. Não foram detectados sinais de fraturas ou violência externa.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de homicídio. A diretora do Departamento de Homicídios, Ivalda Aleixo, afirmou que o empresário “foi posto ali desacordado”. Novos exames toxicológicos, anatomopatológicos e subungueais estão em andamento. Ainda não há prazo para a conclusão dos laudos.