Lula afirma que ligará para Trump caso ele não confirme presença na COP30

Desde a posse de Trump, em janeiro deste ano, os dois líderes ainda não se encontraram pessoalmente.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou neste sábado (7), durante coletiva de imprensa na França, que pretende telefonar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caso o líder americano não confirme sua participação na COP30, que será realizada no Brasil.

“Se o Trump não confirmar que vem (à COP30 no Brasil) eu vou pessoalmente ligar para ele”, afirmou Lula, ressaltando a importância da presença dos Estados Unidos no evento. O presidente completou: “Vou ligar para ele e falar: ‘Ô, cara, a COP aqui no Brasil. Vamos discutir esse negócio. Os Estados Unidos são um país importante, muito rico, mas também polui muito ainda. Então, como é que ele não vai participar?’”.

Desde a posse de Trump, em janeiro deste ano, os dois líderes ainda não se encontraram pessoalmente. Uma oportunidade de reunião poderá ocorrer durante a cúpula do G7, no Canadá, prevista para este mês. Em tom descontraído, Lula comentou sua expectativa para o encontro: “Vou ao Canadá antes que ele seja anexado”, disse, em referência às ameaças territoriais feitas por Trump.

Durante a visita de Estado à França, Lula também criticou as medidas unilaterais do governo norte-americano, especialmente o aumento das tarifas de importação impostas por Trump.

Além disso, o presidente brasileiro mencionou o líder chinês Xi Jinping como uma figura essencial para a COP30. “Eu acho que os grandes governantes do mundo, Xi Jinping, ele tem que participar dessas coisas para a gente poder colocar uma decisão”, afirmou.

Lula voltou a defender a necessidade de reformar a estrutura de governança global. “Se a gente não tiver uma governança mundial mais representativa, com poder de decisão e com poder inclusive de fiscalizar o cumprimento das nossas decisões, nada vai acontecer”, declarou.

Ele concluiu: “Então, eu acho que nós estamos tentando criar as condições de mudar de paradigma da discussão da questão climática. Dá um pouco mais de seriedade, um pouco mais de compromisso”.