Desde o início do atual governo, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, acompanhou ou representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma intensa agenda internacional. De acordo com levantamento do portal Poder360, Janja realizou 30 viagens ao exterior, visitando 35 países e permanecendo fora do Brasil por 130 dias — número superior aos 106 dias registrados por Lula.
Em 2025, até o momento, a socióloga esteve fora do país por 27 dias, em seis viagens a cinco destinos diferentes. Em fevereiro, viajou sozinha à Itália. Em março, esteve no Japão antes da chegada de Lula e também fez uma visita individual à França. Em abril, acompanhou o presidente ao Vaticano. Já em maio, foi à Rússia antes de Lula e seguiu com ele para a China. Em duas dessas ocasiões, Janja atuou oficialmente como representante do governo brasileiro, ainda que não ocupe nenhum cargo eletivo.
Em 2023, ela esteve presente em todas as viagens internacionais realizadas por Lula, mesmo sem compromissos próprios no exterior. Foram 62 dias fora do país, em 15 viagens a 24 países. No ano seguinte, em 2024, Janja participou de 10 viagens a 13 países, somando 41 dias fora do Brasil. Nesse período, representou oficialmente o país em quatro eventos, por designação direta do presidente ou como convidada.
As viagens e o uso de recursos públicos têm gerado críticas à atuação da primeira-dama. Em resposta, Lula defendeu a participação da esposa em agendas internacionais. Em entrevista coletiva realizada em março, em Hanói, no Vietnã, o presidente afirmou:
“Ela vai continuar fazendo o que ela faz, porque a mulher do presidente Lula não nasceu para ser dona de casa. Ela vai estar aonde quiser, vai falar o que quiser e vai andar para onde quiser. É assim que eu acho que é o papel da mulher.”
