O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proferiu no sábado (24) um discurso contundente contra políticas de diversidade nas Forças Armadas, durante a cerimônia de formatura da Academia Militar de West Point, em Nova York. Em uma fala de aproximadamente duas horas, Trump classificou os esforços de gestões anteriores para promover inclusão como “divisivos e humilhantes” e afirmou que nenhum militar americano “será forçado a ouvir sobre teoria racial ou sobre transgêneros”, estendendo a promessa a toda a população do país.
O tom do discurso, que lembrou os comícios de campanha do republicano, destoou das tradicionais falas institucionais direcionadas a militares. Usando um boné com seu slogan “Make America Great Again”, Trump também criticou a OTAN, dizendo que a aliança foi criada para “sacanear os EUA” e que “isso acabou”.
“O papel dos militares não é organizar shows de drag queens nem transformar culturas estrangeiras”, declarou. “É dominar qualquer inimigo e aniquilar qualquer ameaça aos EUA, em qualquer lugar, a qualquer momento.” Ele acrescentou que seu governo libertou os soldados de treinamentos que chamou de “políticos, humilhantes e divisivos”.
A plateia, composta por cadetes, familiares e oficiais das Forças Armadas, reagiu com diversos aplausos — especialmente quando Trump concedeu o tradicional perdão a formandos que cometeram infrações disciplinares leves.
A narrativa de que o republicano estaria reconstruindo as Forças Armadas após décadas de abandono foi reforçada por seu secretário de Defesa, Pete Hegseth. Na sexta-feira (23), Hegseth limitou o acesso da imprensa ao Pentágono, exigindo que jornalistas circulem apenas acompanhados de segurança. A medida foi duramente criticada por associações de imprensa, que a classificaram como um ataque à liberdade jornalística.
Trump participará, em 14 de junho, de um desfile militar em Washington pelos 250 anos do Exército dos EUA — data que também marca seu aniversário.
