O Sol está altamente ativo. Tempestades solares intensas e apagões são esperados

O Sol encontra-se atualmente no auge de seu ciclo de 11 anos, conhecido como máximo solar.


Astrônomos internacionais emitiram alerta para a ocorrência de tempestades solares e outros eventos climáticos espaciais extremos nos próximos dias e semanas, com uma área ativa do Sol entrando no campo de visão da Terra. O Observatório de Dinâmica Solar da NASA registrou na terça-feira (13) a erupção mais intensa de 2025, originada em uma região de manchas solares recém-formada.

Classificada como uma erupção X2.7 — a mais alta categoria de intensidade para eventos solares —, a explosão resultou em apagões de rádio em partes do Oriente Médio. Segundo meteorologistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos Estados Unidos, sinais de rádio de alta frequência foram interrompidos por cerca de 10 minutos.

A NASA destacou que essas erupções solares e outras explosões na região ativa do Sol podem continuar a impactar “as comunicações de rádio, redes de energia elétrica, sinais de navegação e representar riscos para espaçonaves e astronautas”.

O Sol encontra-se atualmente no auge de seu ciclo de 11 anos, conhecido como máximo solar, período caracterizado pela inversão dos polos magnéticos da estrela, o que a torna mais ativa e instável. Durante essa fase, interrupções de comunicações e outras consequências são comuns.

Eventos solares desse tipo também podem desencadear auroras, fenômenos luminosos que ocorrem devido a ejeções de massa coronal (EMCs), nas quais partículas carregadas do Sol interagem com a atmosfera terrestre, gerando espetáculos de luz, como auroras boreais.

Especialistas destacaram que a região mais ativa do Sol está se aproximando da Terra, elevando o risco de novos impactos. O Met Office britânico observou que há atualmente cinco regiões de manchas solares no lado oposto do Sol, com uma nova área unipolar e magnética surgindo no horizonte sudeste da estrela.

A mancha solar AR4087, em particular, tem potencial para gerar auroras intensas à medida que se alinha com o planeta. O fotógrafo espacial Vincent Ledvina destacou em suas redes sociais: “Isso está ficando intenso, especialmente à medida que essa região ativa se aproxima mais do campo de visão”.