O governo de Donald Trump emitiu um ultimato a Israel, alertando que retirará apoio crucial caso o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não consiga encerrar o conflito em Gaza. A informação foi revelada por uma fonte anônima ao The Washington Post, que destacou a crescente pressão da administração americana nos últimos dias.
De acordo com a fonte, assessores de Trump comunicaram a Israel que o apoio dos Estados Unidos estará em risco se o país não tomar medidas para encerrar as hostilidades. A intensificação dos bombardeios em Gaza e a mobilização de mais reservistas por Israel aumentaram a preocupação da Casa Branca.
Durante uma reunião de gabinete no domingo (18), Netanyahu descreveu a retomada da assistência humanitária como uma questão “apenas de tecnicalidade”, afirmando que possui “uma enorme maioria no Knesset [o Parlamento israelense] e em Israel” para pôr fim ao conflito. No entanto, a fonte afirmou que o primeiro-ministro israelense “não tem vontade política” para isso.
Netanyahu também anunciou a intenção de mobilizar “força maciça para assumir o controle de toda a Faixa de Gaza”, ao mesmo tempo em que retomou o envio de ajuda “mínima” à região. O líder israelense definiu a fome em massa em Gaza como uma “linha vermelha” que poderia comprometer o apoio americano.
Em sua declaração, Netanyahu mencionou conversas com “amigos mais próximos de Israel no mundo”, incluindo políticos americanos não identificados, que prometeram fornecer armas e apoiar Israel no Conselho de Segurança da ONU. No entanto, esses aliados teriam alertado que não poderiam “lidar com imagens de fome em massa”.
O primeiro-ministro afirmou que Israel “não pode chegar ao ponto de fome, por razões práticas e diplomáticas”, destacando que a possibilidade de uma crise humanitária em Gaza poderia ameaçar o apoio dos Estados Unidos — o maior aliado de Israel no mundo.
