Primeiro caso de gripe aviária em granja comercial no Brasil é confirmado no RS

O governo brasileiro já comunicou a ocorrência aos órgãos internacionais e aos parceiros comerciais do país.


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, nesta sexta-feira (16), o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no Brasil. O caso foi registrado no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Até então, os registros da doença estavam restritos a aves silvestres.

De acordo com o governo federal, o foco foi identificado em um estabelecimento de reprodução de aves na última segunda-feira (12). Amostras foram coletadas e enviadas a um laboratório em Campinas (SP), que confirmou o diagnóstico. Com a detecção, a área foi isolada e as aves afetadas foram eliminadas, seguindo os protocolos sanitários.

A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul informou que uma investigação complementar será realizada em um raio inicial de 10 quilômetros a partir do local identificado. O governo brasileiro já comunicou a ocorrência aos órgãos internacionais e aos parceiros comerciais do país.

O Mapa destacou que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. “A população pode consumir esses produtos com segurança, pois são inspecionados e livres de risco”, esclareceu a pasta. A infecção em humanos é considerada rara e geralmente está associada a pessoas que mantêm contato direto com aves doentes.

Autoridades sanitárias iniciaram a aplicação das medidas previstas no plano nacional de contingência, que visam conter o avanço da doença e proteger a segurança alimentar. Desde 2006, o vírus da gripe aviária circula em diversas regiões do mundo, incluindo Ásia, África e Europa.

A ficha técnica do Ministério da Agricultura descreve a IAAP como uma doença com alta mortalidade entre as aves, podendo causar morte súbita sem sintomas ou quadro clínico severo, incluindo sinais respiratórios e neurológicos. Lesões internas, como hemorragias e necrose em órgãos, são comuns na necropsia.