O presidente russo, Vladimir Putin, não estará presente nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, programadas para esta semana em Istambul, na Turquia. A ausência de Putin foi confirmada por uma lista de delegados russos divulgada pelo Kremlin nesta quarta-feira (14), apesar da expectativa ucraniana e da pressão ocidental por um cessar-fogo.
A delegação russa será liderada por Vladimir Medinsky, assessor presidencial que comandou as negociações fracassadas com a Ucrânia em 2022. O grupo também inclui o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Galuzin, o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin, e Igor Kostyukov, chefe da inteligência militar russa (GRU), além de outros assessores.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que está disposto a participar pessoalmente das negociações e indicou que a presença de Putin seria um teste da sinceridade da Rússia em buscar a paz. “Há um tomador de decisões do lado da Ucrânia… e um tomador de decisões na Rússia”, disse o assessor de Zelensky, Mykhaylo Podolyak, destacando que qualquer encontro sem Putin teria apenas valor técnico.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, também sinalizou que pode viajar para a Turquia para participar das negociações, defendendo um cessar-fogo imediato. Segundo Trump, as estimativas atuais de vítimas do conflito são subestimadas e o derramamento de sangue é ainda pior.
Embora o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, tenha afirmado que a Rússia leva a sério a busca por uma solução diplomática, ele se recusou a confirmar se Putin faria uma aparição surpresa.
Zelensky, em seu discurso noturno, destacou que aguardará a lista final de participantes russos antes de definir os próximos passos da Ucrânia. Para o líder ucraniano, a ausência de Putin reforça a percepção de que Moscou não está comprometida com a paz.