Trump fecha acordo de US$ 200 bi com o Catar para compra de jatos Boeing

Na terça-feira (13), a Casa Branca já havia anunciado um “compromisso histórico” de investimento de US$ 600 bilhões por parte da Arábia Saudita nos EUA.


Os Estados Unidos e o Catar assinaram, nesta quarta-feira (14), um acordo de US$ 200 bilhões para a aquisição de 160 jatos da fabricante americana Boeing pela Qatar Airways. O anúncio ocorreu durante visita do presidente americano, Donald Trump, a Doha, onde o republicano destacou que o contrato representa o “maior da história”.

Trump afirmou ter tido “horas muito interessantes” de diálogo com o emir catari, Tamim bin Hamad bin Khalifa al-Thani. Segundo o presidente americano, entre os temas abordados estiveram a Rússia, a Ucrânia e o Irã, com otimismo sobre a resolução dos desafios na região.

A visita ao Catar faz parte de um giro de Trump pelo Golfo, em que o líder americano busca fortalecer laços econômicos e ampliar acordos comerciais. Na terça-feira (13), a Casa Branca já havia anunciado um “compromisso histórico” de investimento de US$ 600 bilhões por parte da Arábia Saudita nos Estados Unidos. O pacote abrange setores como segurança energética, defesa, tecnologia e minerais críticos.

Entre os principais investimentos, destaca-se a aplicação de US$ 20 bilhões pela empresa saudita DataVolt em centros de dados voltados à inteligência artificial e infraestrutura energética nos EUA. Além disso, gigantes como Google, Oracle, Salesforce, AMD e Uber, em parceria com a DataVolt, planejam injetar US$ 80 bilhões em tecnologias inovadoras.

Como parte da estratégia americana de promover a Boeing, o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, anunciou recentemente que uma companhia aérea britânica, identificada como IAG, encomendou 30 jatos widebody 787, num acordo de US$ 10 bilhões.

Durante a cerimônia no Catar, o Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, também firmou uma declaração de intenções de cooperação em defesa e assinou acordos para a aquisição de aeronaves MQ-9B e FS-LIDS. Uma declaração conjunta de cooperação entre os dois países foi formalizada por Trump.