ONU responsabiliza Rússia por queda do voo MH17 na Ucrânia em 2014

O incidente ocorreu em julho de 2014, em meio ao conflito entre o governo ucraniano e forças separatistas apoiadas pela Rússia.


A Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), agência das Nações Unidas para a aviação civil, concluiu na segunda-feira (12) que a Rússia é responsável pelo acidente envolvendo o voo MH17 da Malaysia Airlines, ocorrido na Ucrânia em 2014. A decisão foi divulgada pela agência de notícias AFP.

O Conselho da OACI, com sede em Montreal, no Canadá, avaliou que as reivindicações apresentadas por Austrália e Países Baixos contra a Rússia possuem “fundamentação nos fatos e no direito”. A decisão reforça a posição dos dois países, que desde o início do caso buscaram responsabilizar Moscou pelo incidente.

O voo MH17 partiu da Holanda com destino à Malásia, mas foi atingido por um míssil enquanto sobrevoava o leste da Ucrânia, em uma região marcada por confrontos entre forças de Kiev e separatistas pró-Rússia. O impacto resultou na morte de 298 passageiros e tripulantes a bordo.

Em investigação conduzida pelo Escritório de Segurança da Holanda (OVV), o diretor Tjibbe Joustra declarou que o avião foi destruído devido ao impacto de um míssil que atingiu a parte esquerda da cabine do piloto. “Como resultado da detonação, a parte dianteira do avião foi destroçada e a aeronave se partiu no ar”, explicou Joustra. O relatório também destacou que o impacto causou a morte imediata de três tripulantes.

O incidente ocorreu em julho de 2014, em meio ao conflito entre o governo ucraniano e forças separatistas apoiadas pela Rússia. A decisão da OACI reforça a pressão internacional sobre Moscou em relação ao caso, consolidando as conclusões já apresentadas por investigações internacionais.