Nuvem tóxica força confinamento de 160 mil pessoas na Espanha

Como medida de segurança, estradas foram bloqueadas e o serviço ferroviário na região foi suspenso.


Um incêndio em um depósito industrial de produtos para piscinas em Vilanova i la Geltru, a 48 quilômetros de Barcelona, provocou o confinamento de cerca de 160 mil pessoas em cinco municípios da Catalunha, na Espanha, por sete horas neste sábado (10). A medida foi adotada após a liberação de uma nuvem tóxica de cloro, segundo as autoridades locais.

O incidente ocorreu durante a madrugada, e a ordem de confinamento foi mantida até o meio-dia (horário local, 7h em Brasília). Os moradores receberam alertas por celular, com a orientação de permanecer em casa, mantendo portas e janelas fechadas.

Como medida de segurança, estradas foram bloqueadas e o serviço ferroviário na região foi suspenso. A ministra do Interior da Catalunha, Núria Parlon, anunciou o fim do confinamento em entrevista coletiva, mas recomendou que pessoas vulneráveis, como crianças e atletas, evitassem sair de suas residências, pois partículas tóxicas poderiam permanecer no ar.

O prefeito de Vilanova, Juan Luis Ruiz López, explicou que a nuvem tóxica foi gerada por uma reação química entre a água usada pelos bombeiros para combater o fogo e o cloro armazenado. O incêndio foi controlado durante a manhã, e as autoridades passaram a monitorar a coluna de fumaça para avaliar seu deslocamento e toxicidade.

Jorge Viñuales Alonso, proprietário do galpão afetado, afirmou à rádio Rac1 que o cloro é uma substância de combustão difícil, mas que, uma vez incendiado, é complicado extinguir. Ele sugeriu que o incêndio pode ter sido provocado por uma bateria de lítio.

Os bombeiros mantêm alerta na região, pois, dependendo da direção dos ventos e do movimento da nuvem, novos confinamentos em áreas específicas podem ser necessários.