Robert Francis Prevost foi eleito o 267º papa da Igreja Católica Romana, adotando o nome de Papa Leão XIV. Sua eleição marca um momento histórico, pois ele é o primeiro pontífice oriundo dos Estados Unidos, contrariando previsões que consideravam improvável a escolha de um americano para liderar a Igreja.
O sinal tradicional de fumaça branca emergiu da chaminé da Capela Sistina após dois dias de conclave, indicando a decisão dos cardeais. O novo papa agora enfrenta o desafio de definir o rumo da Igreja Católica, decidindo se seguirá a linha progressista de seu antecessor, o Papa Francisco, ou adotará uma postura diferente.
O conclave contou com a participação de 133 cardeais, o maior número já registrado, muitos dos quais nomeados por Francisco. A diversidade de origens e perspectivas dos eleitores tornou o consenso um desafio. Apesar desse contexto, Leão XIV se destacou como uma figura que ultrapassa fronteiras culturais e eclesiásticas.
Nascido em Chicago, Prevost é membro da Ordem de Santo Agostinho e viveu grande parte de sua vida fora dos Estados Unidos, principalmente no Peru, onde atuou como missionário, bispo e naturalizou-se cidadão peruano. Foi líder de sua ordem religiosa e, mais recentemente, ocupava um dos cargos mais influentes do Vaticano, responsável pela supervisão de bispos em todo o mundo.
Conhecido por seu estilo discreto, Leão XIV tem uma trajetória marcada pelo trabalho junto aos pobres e migrantes, em linha com o legado de Francisco. Contudo, há incertezas sobre sua posição em temas como a inclusão de católicos LGBTQIA+. Em uma fala de 2012, ele criticou o que considerava uma promoção de valores contrários ao Evangelho pela mídia ocidental, incluindo o “estilo de vida homossexual”.
Seu pontificado será observado de perto, especialmente pela maneira como lidará com as reformas iniciadas por Francisco e com questões sensíveis que dividem a Igreja.
