A Índia declarou que seus ataques militares contra o Paquistão tiveram como alvo a “infraestrutura terrorista” do grupo Lashkar-e-Tayyiba. Segundo o governo indiano, o Paquistão não tomou medidas contra grupos em seu território, acusados de estarem por trás de um massacre de turistas na Caxemira administrada pela Índia no mês passado.
A operação, chamada “Operação Sindoor”, ocorreu por 25 minutos, entre 1h05 e 1h30, horário local, informou a Coronel Sofiya Qureshi em entrevista coletiva nesta quarta-feira (7).
Durante o briefing, as autoridades indianas apresentaram imagens e um mapa com supostos alvos, incluindo campos de treinamento de Lashkar-e-Tayyiba e Jaish-e-Mohammed, localizados na Caxemira sob administração paquistanesa e na província de Punjab, no Paquistão.
O secretário de Relações Exteriores da Índia, Vikram Misri, voltou a responsabilizar o Paquistão pelo ataque de abril na Caxemira e acusou Islamabad de apoiar o “terrorismo” na região. Misri ressaltou que, apesar das duas semanas desde o ataque, o Paquistão não adotou nenhuma medida contra os grupos militantes em seu território.

Misri afirmou que os alvos foram selecionados com base em “inteligência”, e Qureshi garantiu que nenhum local militar foi atingido e que não houve vítimas civis no Paquistão.
Contudo, um porta-voz militar paquistanês relatou que pelo menos 26 civis morreram devido à ação indiana, segundo a Reuters.
As autoridades indianas não responderam à alegação do Paquistão de que haviam abatido cinco jatos da Força Aérea Indiana durante o ataque.