Paquistão testa míssil com ogiva nuclear após ataque na Caxemira

O governo do Paquistão afirmou que o lançamento teve como objetivo testar a prontidão das tropas e validar o sistema de navegação avançado e as capacidades de manobra.


O Exército do Paquistão realizou, neste sábado (3), o teste de um míssil balístico com capacidade nuclear, em meio ao aumento das tensões com a Índia.

O míssil, chamado “Abdali Weapon System”, tem alcance de 450 quilômetros e pode carregar ogivas convencionais ou nucleares. Segundo o governo paquistanês, o lançamento serviu para confirmar a prontidão das tropas e validar o sistema de navegação avançado, além de suas capacidades de manobra.

A arma homenageia Ahmad Shah Abdali, fundador do Afeganistão moderno e líder de várias invasões no subcontinente indiano no século XVIII.

A iniciativa ocorre poucos dias após o ministro da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar, declarar que o país obteve “inteligência confiável” de que a Índia planeja um ataque militar dentro de 24 a 36 horas. Nova Délhi acusa Islamabad de envolvimento no assassinato de 25 turistas e um civil, ocorrido em abril, na região da Caxemira administrada pela Índia.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou ter dado “plena liberdade operacional” ao Exército e prometeu perseguir os responsáveis pelo ataque “até os confins da Terra”.

O Paquistão nega qualquer participação e acusa a Índia de usar o atentado como “pretexto falso” para justificar uma possível ofensiva militar.

A disputa pela Caxemira, que remonta à independência dos dois países em 1947, continua sendo um ponto crítico entre as duas potências nucleares do sul da Ásia.

O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, e o premiê Shehbaz Sharif parabenizaram cientistas e militares pelo sucesso no lançamento.