Conselheiro de Segurança Nacional de Trump deve deixar o cargo após vazamento de operação militar

A saída de ambos ainda não foi oficialmente confirmada, e a Casa Branca recusou-se a comentar.


O conselheiro de segurança nacional Michael Waltz e o vice-conselheiro Alex Wong devem deixar o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, segundo a Fox News. A saída de ambos ainda não foi oficialmente confirmada, e a Casa Branca recusou-se a comentar.

Waltz, ex-congressista da Flórida, entrou em rota de colisão com Trump após, inadvertidamente, adicionar o jornalista Jeffrey Goldberg, da revista The Atlantic, a um grupo privado no aplicativo Signal, onde eram discutidas operações militares no Iêmen. Capturas de tela do bate-papo, reveladas pela The Atlantic, confirmaram o incidente. Waltz assumiu responsabilidade em entrevista à Fox News: “Assumo total responsabilidade. Eu construí o grupo. Meu trabalho é garantir a coordenação.”

Apesar de, inicialmente, Trump ter defendido Waltz publicamente, declarando à NBC News que ele havia “aprendido uma lição” e era “um bom homem”, o presidente demonstrou incômodo com o episódio em conversas privadas, segundo duas fontes republicanas à NBC. Na semana passada, em entrevista à The Atlantic, Trump minimizou o caso, dizendo: “Waltz está bem. Ele acabou de sair deste escritório.”

Waltz não esteve presente em cerimônia recente no Rose Garden com outras autoridades e não foi citado nos discursos do presidente. O líder democrata do Senado, Chuck Schumer, criticou a decisão: “Estão demitindo o homem errado. Deveriam demitir Pete Hegseth [o secretário de Defesa dos EUA].”

Em reunião de gabinete, Waltz elogiou Trump: “É uma honra servi-lo nesta administração. O mundo está mais seguro sob sua liderança.” Como congressista, Waltz apoiava posições conservadoras em política externa, mas sua postura sobre a Ucrânia era mais próxima da de Trump.

Seus esforços para formular uma estratégia para a guerra na Ucrânia foram prejudicados pelo estilo imprevisível de Trump. A influência de Waltz também foi reduzida pela atuação do enviado especial Steve Witkoff, que ganhou protagonismo nas relações com líderes internacionais.