Nova Zelândia defende papel ativo dos EUA no Indo-Pacífico em meio a tensões estratégicas com a China

A Nova Zelândia afirma estar engajada, em conjunto com os EUA, no combate às agressões da China na região.


O ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia, Winston Peters, afirmou neste domingo (13) que seu país necessita dos Estados Unidos como um parceiro “ativo, engajado e construtivo” na região Indo-Pacífico. A declaração foi feita após sua visita a Washington no mês passado, com o objetivo de reforçar os laços com o governo Trump.

Segundo Peters, Wellington tem colaborado com Washington para conter o avanço da influência chinesa no Pacífico. No entanto, há preocupações crescentes entre parlamentares neozelandeses sobre o impacto que a possível mudança de administração nos EUA e a suspensão de financiamentos de ajuda externa podem causar na estabilidade regional.

Durante uma viagem de uma semana pelo Pacífico, realizada por uma delegação de autoridades neozelandesas, Peters discursou em Honolulu, no Havaí, destacando que levou aos EUA uma mensagem clara: “a Nova Zelândia quer, e de fato precisa, que os Estados Unidos continuem sendo um parceiro ativo, engajado e construtivo no Indo-Pacífico”.

O chanceler acrescentou que espera “um diálogo mais construtivo nos próximos dias”, conforme consta na transcrição oficial de sua fala.

Em Washington, Peters reuniu-se com importantes autoridades americanas, incluindo o Secretário de Estado, Marco Rubio, o Conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e o diretor do Escritório de Assistência Estrangeira dos EUA, Peter Marocco, além de outros membros do governo e do Congresso dos EUA.

Ao término das reuniões, o ministro declarou que o relacionamento bilateral entre Nova Zelândia e Estados Unidos se encontra em “base sólida”, mesmo diante do que classificou como “o ambiente estratégico mais desafiador em pelo menos meio século”.