O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta sexta-feira (4) que o país precisa “redefinir a ordem global do comércio” e declarou que o presidente Donald Trump está “absolutamente certo em tomar essa iniciativa”.
Durante pronunciamento na sede da OTAN, em Bruxelas, Rubio reagiu à observação de um jornalista que afirmou que as economias globais estariam “entrando em colapso” após a adoção das tarifas conhecidas como “Dia da Libertação”, anunciadas pelo governo Trump.
“Precisamos pensar no fato de que somos o maior mercado consumidor do mundo, mas exportamos, em grande parte, apenas serviços. Isso precisa mudar”, afirmou Rubio. “Devemos retornar ao tempo em que os Estados Unidos eram uma nação produtiva. Para isso, é necessário redesenhar a atual estrutura do comércio global.”
Segundo o secretário de Estado, o presidente americano reconheceu corretamente que o atual sistema de comércio internacional é prejudicial aos interesses americanos e favorece outros países. “Ele vai redefinir esse sistema, e está absolutamente certo em fazê-lo”, reforçou.
Rubio classificou como “a pior opção possível” manter a ordem vigente do comércio mundial indefinidamente. “Essa situação não pode continuar. Não podemos permanecer como um país que não fabrica seus próprios produtos. Precisamos voltar a produzir, gerar empregos para os americanos. É simples assim.”
O secretário citou a China como exemplo de distorção de mercado. “Eles praticamente não consomem nada. Apenas exportam, inundam os mercados, impõem barreiras e tarifas. Isso é inaceitável.”
Rubio argumentou que, mesmo diante da instabilidade inicial, os mercados globais tendem a se ajustar, desde que haja clareza nas regras. “Se uma empresa percebe que produzir na China se tornará significativamente mais caro, isso pode impactar o valor de suas ações no curto prazo. Mas os mercados, uma vez informados sobre as novas diretrizes, se adaptam.”
“Não é justo dizer que as economias estão em colapso. O que está acontecendo é que os mercados estão se ajustando. Eles refletem empresas inseridas em modelos de produção que, atualmente, não favorecem os Estados Unidos”, concluiu.