A Casa Branca defendeu firmemente as tarifas impostas por Donald Trump, mesmo diante da queda nos mercados e das ameaças de retaliação internacional. Nesta quinta-feira (3), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, e o vice-presidente JD Vance foram escalados para reforçar a medida.
Vance admitiu que as tarifas afetariam os americanos no curto prazo, mas garantiu que “Trump está cumprindo sua promessa”. “O presidente Trump está levando essa economia para uma direção diferente. Sim, é uma grande mudança, mas necessária”, disse à Fox News. Leavitt, por sua vez, afirmou na CNN que Trump “cumpriu sua promessa de implementar tarifas recíprocas”.
Apesar das justificativas, nem Vance nem Leavitt esclareceram como os americanos seriam beneficiados no curto prazo. Vance disse que o governo está “lutando para consertar as coisas”, mas que o impacto não seria imediato.
Os mercados reagiram negativamente, com as ações dos EUA despencando após Trump anunciar uma tarifa mínima de 10% sobre todos os países e taxas recíprocas sobre nações acusadas de deslealdade comercial. O secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, minimizou o impacto e disse que as empresas não estão considerando “as fábricas que serão construídas” nos EUA.
A China, alvo de uma tarifa de 54%, exigiu que os EUA “cancelem imediatamente suas medidas tarifárias unilaterais” e busquem um “diálogo igualitário”. Mas Leavitt insistiu que “Trump não vai recuar”. “Isso é uma emergência nacional. Esses países tiveram 70 anos para fazer a coisa certa e não fizeram”, afirmou na CNN.
Trump reforçou sua posição ontem na Casa Branca. “Se você quer tarifa zero, construa sua fábrica na América”, declarou.
