O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, nesta quarta-feira (2), a imposição de tarifas de pelo menos 10% sobre praticamente todo o comércio global, com uma exceção notável: a Rússia.
De acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, a Rússia foi excluída da medida porque as sanções dos Estados Unidos já “impedem qualquer comércio significativo” com o país. No entanto, os EUA ainda mantêm mais comércio com a Rússia do que com nações como Maurício ou Brunei, que foram incluídas na lista de tarifas de Trump.
Até mesmo territórios insulares remotos, como Tokelau, no Oceano Pacífico, e Svalbard, no Círculo Polar Ártico — pertencentes, respectivamente, à Nova Zelândia e à Noruega —, foram incluídos na medida. Leavitt destacou, contudo, que Cuba, Belarus e Coreia do Norte também ficaram de fora, pois já estão sujeitos a tarifas e sanções extremamente altas.
O comércio entre os EUA e a Rússia caiu drasticamente, passando de aproximadamente US$ 35 bilhões em 2021 para US$ 3,5 bilhões no ano passado, devido às sanções impostas após a invasão da Ucrânia. O governo russo tem solicitado a Trump a redução de algumas dessas sanções como parte das negociações de cessar-fogo mediadas pelos EUA, que, no entanto, permanecem estagnadas.
Nesta semana, Trump ameaçou impor tarifas secundárias sobre o petróleo russo e expressou sua insatisfação com o presidente Vladimir Putin por suas recentes declarações sobre a Ucrânia. Segundo Leavitt, a Rússia ainda pode enfrentar “sanções adicionais severas”.
Além da Rússia, as duas outras grandes economias que não foram incluídas na lista abrangente de tarifas foram o Canadá e o México. Leavitt confirmou que isso se deve ao fato de que Trump já impôs tarifas de 25% sobre ambos.