O número de mortos em Mianmar devido ao terremoto subiu para 1.644, informou a mídia estatal. O tremor de magnitude 7,7 atingiu o país na sexta-feira (28), sendo sentido com força na Tailândia e na China. Os feridos somam 2.376.
Inicialmente, o balanço indicava 144 mortos e 732 feridos. Com novas atualizações, os números saltaram para 694 vítimas fatais e, por fim, ultrapassaram mil. O Serviço Geológico dos EUA (USGS) emitiu um alerta vermelho, estimando que as mortes podem ultrapassar 10 mil. “É provável que haja muitas vítimas e danos extensos”, alertou o órgão.
Na Tailândia, os tremores causaram o desabamento de um prédio em construção em Bangkok. Equipes de resgate buscam 101 desaparecidos nos escombros, enquanto nove mortes foram confirmadas pelas autoridades tailandesas.
O epicentro do terremoto foi registrado a 16 km de Mandalay, na região central de Mianmar. A pouca profundidade, de apenas 10 km, intensificou o impacto.
Diante da tragédia, a junta militar de Mianmar declarou estado de emergência em seis regiões, incluindo Sagaing e a capital. O regime, no poder desde o golpe de 2021, controla os meios de comunicação e restringe o acesso à internet.
Em um movimento incomum, o governo militar pediu ajuda internacional. “Aceitamos doações de qualquer país ou organização que queira contribuir”, declarou um porta-voz na TV estatal. Ele também solicitou materiais médicos para os feridos.
Mianmar já enfrenta dificuldades estruturais devido à guerra civil, o que agrava a crise humanitária. A União Europeia, a França e a Índia manifestaram intenção de enviar auxílio.
O governo dos EUA estima milhares de mortes e grandes perdas econômicas. “As regiões de Sagaing e Meiktila são as mais afetadas”, informou o serviço geológico. A população local reside, em grande parte, em estruturas vulneráveis a abalos sísmicos.