O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nesta quinta-feira (27) que Vladimir Putin, líder da Rússia, “vai morrer em breve”. A afirmação foi feita em entrevista à emissora France TV, após seu encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, em Paris.
“Ele [Putin] morrerá em breve, isso é um fato, e isso chegará ao fim”, afirmou Zelensky, sugerindo que a morte do chefe do Kremlin representaria o fim da guerra iniciada com a invasão da Ucrânia em 2022.
O líder ucraniano alegou que Putin enfrenta graves problemas de saúde, mencionando supostos derrames, surtos de câncer e Parkinson. Especulações sobre seu estado clínico circulam há anos, especialmente desde 2022, quando imagens do presidente russo com postura curvada e fala arrastada, durante uma reunião com o então ministro da Defesa, Sergei Shoigu, levantaram suspeitas.
Embora tenha sinalizado esperança de que o conflito possa terminar ainda em 2025, Zelensky descartou os termos propostos por Moscou para um cessar-fogo. Entre as condições russas estavam o fim do fornecimento de armas e inteligência militar a Kiev, o que, segundo Zelensky, são “exigências irrealistas” que apenas visam “ganhar tempo para novos avanços territoriais”.
Na entrevista, o presidente ucraniano também afirmou que Putin “só tem medo de duas coisas: da desestabilização da sociedade e de perder o poder”. E acrescentou: “Assim que ele morrer, tudo termina”.
As declarações de Zelensky ocorrem em um contexto delicado para as negociações de paz. Apesar dos esforços de mediação conduzidos por Arábia Saudita e Estados Unidos, que resultaram em um acordo para evitar ataques no Mar Negro e a instalações energéticas, os confrontos e as acusações mútuas entre Rússia e Ucrânia persistem nos últimos dias.
O presidente ucraniano também alertou que qualquer flexibilização das sanções impostas à Rússia neste momento representaria “um desastre para a diplomacia”.