A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sugeriu no sábado (22) que quem tiver dívidas recorra ao “empréstimo de Lula”, em referência ao novo modelo de consignado do governo. O Crédito do Trabalhador permite que trabalhadores formais façam empréstimos com desconto diretamente na folha de pagamento, sem a necessidade de convênios entre empresas e bancos.
A postagem, que incluía a frase “Apertou o orçamento? O juro tá alto? Pega o empréstimo do Lula”, com uma imagem do presidente, foi removida de sua conta no Instagram na segunda-feira (24), após críticas ao uso do termo “empréstimo de Lula”. Em resposta, a assessoria de Gleisi informou que a postagem foi suspensa devido a “iniciativas no âmbito jurídico por parte de partidos de oposição com evidente objetivo político.”
A ministra já havia utilizado a expressão em uma entrevista à CNN Brasil, na sexta-feira (21), quando falou sobre sua atuação na articulação política do governo no Congresso. Ela afirmou que ajudaria na tramitação de pautas econômicas, como a isenção do imposto de renda e o “empréstimo de Lula”.
O novo modelo de crédito foi lançado em 21 de março, e os trabalhadores que já têm empréstimos consignados poderão migrar para o novo sistema a partir de 25 de abril. O processo de solicitação deve ser feito por meio da Carteira de Trabalho Digital, e os dados necessários, como CPF e salário disponível, devem ser autorizados pelas instituições financeiras, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Na cerimônia de lançamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o objetivo do programa não era incentivar o endividamento, mas ajudar os trabalhadores a saírem do sufoco financeiro. “Vale a pena se pegarmos de forma criteriosa, para investir no patrimônio de vocês”, declarou.
O Crédito do Trabalhador faz parte de um pacote de medidas econômicas do governo Lula, que também inclui a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000.