Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (25) que fecharam acordos com a Rússia e a Ucrânia para um cessar-fogo no Mar Negro e na realização de ataques a instalações energéticas de ambos os países.
Os compromissos foram definidos em negociações paralelas conduzidas por representantes do governo norte-americano com delegações russas e ucranianas nos últimos dias.
Em comunicado, a Casa Branca informou que os dois lados “concordaram em garantir uma navegação segura, eliminar o uso da força e impedir o emprego de embarcações comerciais para fins militares” na região do Mar Negro.
A navegabilidade no Mar Negro — que banha os dois países — é um dos pontos estratégicos da guerra e considerada uma das causas do conflito. A península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, está localizada nesta região.
Foi também às margens do Mar Negro que Moscou lançou um dos primeiros e mais violentos ataques da guerra, na cidade de Mariupol. O local, um dos principais portos da Ucrânia e rota fundamental para a exportação de grãos, foi sitiado e permanece sob controle russo.
De acordo com fontes ouvidas pela agência Associated Press, o acordo desta terça-feira retoma pontos de um tratado firmado em 2022, que previa o trânsito seguro de navios russos pelos portos ucranianos no Mar Negro. No entanto, Moscou suspendeu esse pacto no ano seguinte.
Segundo a Casa Branca, o objetivo da nova medida é “garantir a navegação segura, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares no Mar Negro”.
Enquanto isso, delegações da Rússia, da Ucrânia e dos Estados Unidos estão reunidas em Riad, na Arábia Saudita, negociando um possível acordo para encerrar a guerra que começou em 2022.
Nesta terça-feira (25), o Kremlin afirmou que o diálogo mantido entre russos e norte-americanos foi considerado útil e deverá continuar.
O porta-voz Dmitry Peskov declarou que “os resultados da conversa estão sendo analisados”, mas frisou que as conclusões seguem confidenciais.