A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) formalizou uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação se baseia nas declarações feitas por ele em ato no Rio de Janeiro, no domingo (16), nas quais Bolsonaro, segundo ela, adotou um “tom conspiratório”, questionando a “legitimidade do processo eleitoral”.
Salabert argumentou que, “a permanência desse discurso falso e inflamado representa um risco à ordem democrática”, pois “alimenta a insatisfação de grupos extremistas que, no passado, já praticaram atos violentos contra as instituições democráticas”. Ela frisou ainda que o comportamento de Bolsonaro “enfraquece as instituições e incentiva a instabilidade política”.
A deputada também pediu que a PGR proíba o ex-presidente de utilizar redes sociais e de participar de eventos públicos que possam servir como plataformas para “novas incitações antidemocráticas”. O ato foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e contou com a presença de autoridades, como governadores, senadores e deputados.
Em meio ao ato, o Supremo Tribunal Federal (STF) aguarda o julgamento da Primeira Turma, que nos dias 25 e 26 de março decidirá se acata a denúncia da PGR sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro é um dos 34 denunciados.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) estimou a participação de “mais de 400 mil pessoas” na manifestação, realizada na orla de Copacabana. Já a Universidade de São Paulo (USP) calculou a presença de 18,3 mil manifestantes. Para a USP, o cálculo foi feito por meio de fotos aéreas, utilizando o método Point to Point Network (P2PNet), com um erro de 12% na contagem.