Trump anuncia escritório de construção naval na Casa Branca para fortalecer a frota militar dos EUA

Donald Trump anunciou na terça-feira (4), diante do Congresso dos EUA, a criação de um novo escritório de construção naval na Casa Branca, com o objetivo de revitalizar a indústria e fortalecer a força naval dos EUA.

A promessa veio na seção de segurança nacional de seu discurso de quase duas horas. O presidente destacou a importância de impulsionar a base industrial de defesa americana.

“Também vamos ressuscitar a indústria de construção naval americana, incluindo a construção naval comercial e a construção naval militar”, afirmou Trump, recebendo aplausos dos republicanos.

“Costumávamos fazer tantos navios. Não os fazemos mais tanto, mas vamos fazê-los muito rápido, muito em breve”, declarou. “Isso terá um impacto enorme para aumentar ainda mais nossa segurança nacional.”

Trump também prometeu “incentivos fiscais especiais para trazer essa indústria para casa”, mas não deu mais detalhes. A Casa Branca não esclareceu o que o novo escritório supervisionará ou quem o liderará.

No mês passado, John Phelan, indicado por Trump para Secretário da Marinha, foi questionado no Senado sobre atrasos e custos excessivos nos principais programas navais. Roger Wicker, presidente do Comitê de Serviços Armados, cobrou mudanças.

“Devemos estabilizar os programas de construção naval, adotar as melhores práticas comerciais e incentivar os estaleiros a abordar questões de força de trabalho e produtividade de forma colaborativa, em vez de combativa”, disse Wicker.

O ‘Congressional Budget Office’ estima que a Marinha dos EUA precisará investir mais de US$ 40 bilhões anuais por 30 anos para expandir sua frota, atualmente com 295 navios, número que pode cair para 283 até 2027. A meta é alcançar 381 embarcações até 2054.

Trump afirmou que o novo escritório atuará como um contraponto à indústria naval chinesa. Apesar de a China dominar a produção em quantidade, os EUA lideram em qualidade e tonelagem transportada.

Em resposta ao anúncio, o Conselho de Construtores Navais da América elogiou a iniciativa. “A base industrial dos estaleiros pode atender às crescentes demandas da defesa nacional, restaurar a competitividade americana e criar milhares de empregos qualificados”, afirmou Matthew Paxton, presidente do grupo.