O discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, em uma sessão conjunta do Congresso, que durou 1 hora e 39 minutos, foi o mais longo desde 1964, segundo o Projeto Presidência Americana. Ele superou o discurso do ex-presidente Bill Clinton de 2000, que durou cerca de 1 hora e 29 minutos.
Dentro dos 99 minutos de fala, houve uma interrupção de aproximadamente dois minutos quando o deputado democrata do Texas, Al Green, foi escoltado para fora da Câmara.
Embora o primeiro discurso de um presidente não seja formalmente um discurso do Estado da União, ele cumpre papel semelhante, sendo uma mensagem anual ao Congresso.
Trump não poupou referências ao seu antecessor, Joe Biden, durante o discurso. Ele mencionou o ex-presidente dos EUA pelo menos 16 vezes, criticando-o de diversas formas. Em um dos momentos, Trump chamou Biden de “o pior presidente” e o responsabilizou até pelos preços elevados dos ovos. A ex-vice-presidente Kamala Harris também foi mencionada.
Esse tipo de abordagem é incomum. Historicamente, presidentes utilizam esse espaço para olhar para o futuro, em vez de fazer comparações com administrações passadas. Desde o primeiro mandato de George W. Bush, nenhum presidente, em seu primeiro discurso ao Congresso, havia feito mais de uma referência ao presidente anterior. Isso inclui Trump, em 2017, e Biden, em 2021.
Referências à administração anterior tendem a ser mais frequentes nos últimos anos do mandato de um presidente, especialmente em anos eleitorais. Biden, por exemplo, fez mais de uma dúzia de referências a Trump em seu discurso do Estado da União de 2024, embora nunca o tenha nomeado diretamente.
As frequentes menções a Biden podem refletir a estratégia de campanha de Trump, que também enfatizou sua vitória eleitoral.
