O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que está disposto a trabalhar com Donald Trump para encerrar a guerra.
“Estamos prontos para trabalhar sob a forte liderança do presidente Trump para obter uma paz duradoura”, declarou Zelensky em publicação na rede X nesta terça-feira (4).
O ucraniano reforçou que deseja um acordo rápido.
“Nenhum de nós quer uma guerra sem fim. A Ucrânia está pronta para sentar à mesa de negociações o mais rápido possível e trazer uma paz duradoura”, afirmou.
A declaração ocorre após Washington suspender a ajuda militar a Kiev, dias depois de um bate-boca entre Trump e Zelensky.
O presidente ucraniano sugeriu os primeiros passos para a paz: libertação de prisioneiros, trégua aérea com restrição de mísseis e drones de longo alcance, além da suspensão de ataques a infraestruturas civis.
“Queremos avançar rapidamente para todos os próximos estágios e trabalhar com os EUA para chegar a um acordo final”, disse.
Ele também agradeceu o apoio militar americano.
“Nós realmente valorizamos o quanto a América fez para ajudar a Ucrânia a manter sua soberania e independência.”
No entanto, Zelensky lamentou seu encontro recente com Trump.
“Nossa reunião na Casa Branca, na sexta-feira, não foi como deveria ter sido. É lamentável que tenha acontecido dessa forma.”
O encontro entre Trump e Zelensky foi tenso.
Durante uma reunião transmitida ao vivo, Trump pressionou Zelensky a aceitar um acordo imediato para encerrar a guerra, o que gerou desconforto.
Zelensky questionou a credibilidade de Putin e o chamou de “assassino”. Ele também criticou os EUA por não terem contido o avanço russo entre 2014 e 2022.
O vice-presidente J.D. Vance reagiu:
“Senhor presidente, com todo o respeito. Acho desrespeitoso da sua parte vir ao Salão Oval e tentar debater isso diante da mídia americana.”
Zelensky tentou responder, mas Trump o interrompeu.
“Você está apostando com a vida de milhões de pessoas. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial.”
Trump ainda acusou Zelensky de ser desrespeitoso com os EUA.
Após o encontro, ele escreveu no TruthSocial:
“Zelensky desrespeitou os EUA no Salão Oval. Só poderá voltar quando estiver ‘pronto para a paz’.”