A China anunciou novas tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, variando entre 10% e 15%, em resposta às taxas impostas por Donald Trump. O governo chinês também restringiu exportações e investimentos de 25 empresas norte-americanas, alegando “motivos de segurança nacional”. As medidas entram em vigor em 10 de março.
Produtos como frango, trigo, milho e algodão terão taxa extra de 15%, enquanto soja, sorgo, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios serão taxados em 10%. A expectativa é que as tarifas impactem US$ 21 bilhões em exportações dos EUA.
Em fevereiro, Pequim já havia imposto tarifas de 15% para carvão e gás natural liquefeito e de 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e automóveis norte-americanos, respondendo a medidas tarifárias de Trump. Agora, as novas ações ampliam as tensões comerciais.
“Tentar exercer pressão extrema sobre a China é um erro de cálculo e um engano”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, destacando que Pequim não cederá a intimidações.
A decisão chinesa veio após Trump elevar tarifas sobre importações chinesas em 10%, resultando em uma alíquota cumulativa de 20%. A disputa tarifária se intensifica, atingindo setores estratégicos.
No ano passado, Joe Biden já havia dobrado tarifas sobre semicondutores para 50% e quadruplicado taxas sobre veículos elétricos para mais de 100%. Agora, a nova tarifa de 20% afetará smartphones, laptops, consoles de videogame, smartwatches e dispositivos Bluetooth, anteriormente isentos.
Trump justificou as tarifas mencionando o tráfico de drogas vindo da China e outros países. Pequim rebateu, acusando Washington de “chantagem” e afirmando possuir uma das políticas antidrogas mais rígidas do mundo.