A China não conseguiu cumprir uma meta climática essencial para 2024, e suas emissões de carbono continuaram a crescer, apesar do avanço recorde em energia renovável. Os dados oficiais foram divulgados na sexta-feira (28).
META NÃO ALCANÇADA
A intensidade de carbono, que mede as emissões de dióxido de carbono por unidade do PIB, caiu 3,4% em 2023, informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país.
Porém, a redução ficou abaixo da meta oficial de -3,9%, o que dificulta o objetivo de Pequim de reduzir a intensidade de carbono em 18% entre 2020 e 2025.
Além disso, as emissões totais de carbono continuaram em alta.
DESAFIOS
Sob o Acordo de Paris, os países devem apresentar planos a cada cinco anos para contribuir com a limitação do aumento das temperaturas globais até 2035.
A China se comprometeu a reduzir sua intensidade de carbono em mais de 65% até 2030, tomando como base os níveis de 2005.
Contudo, Lauri Myllyvirta, analista do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (Crea), sediado na Finlândia, alertou:
“Mesmo sob hipóteses otimistas para 2025, a intensidade das emissões de dióxido de carbono precisará cair 22% no período de 2026-2030 para atingir a principal meta da China no Acordo de Paris.”
MAIOR EMISSORA GLOBAL
O país asiático segue como o maior emissor mundial de gases de efeito estufa, principais responsáveis pelas mudanças climáticas.
Ainda assim, Pequim mantém investimentos massivos em fontes renováveis de energia, buscando equilibrar crescimento econômico e compromissos ambientais.