Massacre de Parkland nos EUA, o quarto mais mortal em escolas, completa sete anos nesta sexta com homenagens e reflexões

Muitas famílias de Parkland seguem atuando por mais mudanças e afirmam que continuarão lutando para evitar outra tragédia.


Esta sexta-feira (14) marca sete anos do massacre na escola de Parkland, na Flórida, o quarto ataque mais mortal em escolas dos Estados Unidos.

Em todas as escolas do Condado de Broward, o dia é dedicado ao serviço e à lembrança dos 14 alunos e três funcionários mortos na Marjory Stoneman Douglas High School em 14 de fevereiro de 2018, Dia dos Namorados nos EUA.

Estudantes e funcionários do distrito participam de diversas ações voluntárias em homenagem às vítimas.

Na Glades Middle School, em Miramar, alguns alunos escreveram cartas para moradores de asilos, enquanto outros se reuniram na área de educação física para formar um grande coração, simbolizando que “o amor e o apoio superam o ódio”.

“É um dia de luto pela tragédia que ocorreu. O que queremos garantir para nossas famílias e nossos alunos é que isso não aconteça novamente. Que superaremos isso. Que amor, paz e gentileza é o que vamos retratar”, afirmou a diretora da escola, Daniela Fatout.

Às 10h17, horário local (12h17 em Brasília), escolas e instalações do distrito fizeram uma pausa para um momento de reflexão em memória das vítimas.

Nikolas Cruz, de 19 anos, autor do ataque.

“Nós guardaremos para sempre em nossos corações aqueles que morreram e aqueles que foram feridos há sete anos”, disse o superintendente das Escolas de Broward, Dr. Howard Hepburn. “Este dia serve como um poderoso lembrete da força, resiliência e compaixão que unem nossa comunidade e um chamado à ação para todos nós construirmos um futuro enraizado no amor, gentileza e compreensão.”

Às 17h, horário local (19h em Brasília), ocorrerá uma cerimônia comunitária no Pine Trails Park, em Parkland.

As vítimas fatais do massacre.

Semanas após o ataque, famílias iniciaram esforços para tornar as escolas mais seguras e evitar novas tragédias no estado da Flórida.

A idade mínima para a compra de armas foi elevada de 18 para 21 anos, uma lei de “bandeira vermelha” foi aprovada e escolas em todo o estado passaram a ter entradas únicas, dificultando o acesso de pessoas externas aos prédios.

Outra mudança significativa foi a adoção de aplicativos de denúncia de ameaças. Em Broward, o sistema utilizado é o “SaferWatch”, enquanto em nível estadual usa-se o “Fortify Florida”. Esses aplicativos permitem que alunos reportem comportamentos preocupantes diretamente às autoridades policiais e escolares, permitindo investigações conjuntas.

Muitas famílias de Parkland seguem atuando por mais mudanças e afirmam que continuarão lutando para evitar outra tragédia.