Com Milei no poder, inflação na Argentina desacelera para 2,2% em janeiro e atinge o menor nível em quase cinco anos

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada foi de 84,5%, chegando ao nono mês seguido de desaceleração e registrando seu menor nível desde 2022.


A inflação da Argentina atingiu em janeiro seu menor nível em quase cinco anos, segundo dados divulgados na quinta-feira (13) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do país.

Treze meses após a posse de Javier Milei, o índice mensal caiu para 2,2%, a taxa mais baixa desde julho de 2020.

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada foi de 84,5%, chegando ao nono mês seguido de desaceleração e registrando seu menor nível desde 2022.

O aumento de preços no último mês foi impulsionado por altas em restaurantes e hotéis (5,3%), moradia, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (4%), bens e serviços (2,5%) e recreação e cultura (2,5%).

O governo Milei destacou que a queda da inflação ocorreu ao mesmo tempo em que a economia começa a mostrar sinais de recuperação. Em novembro de 2024, a estimativa mensal de atividade do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos registrou alta de 0,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

“É um dado incrível, e em fevereiro pode ser menor ainda, é um grande dado para Milei pensando num ano político”, disse Camilo Tiscornia, diretor da consultoria CyT Assessores Econômicos, referindo-se às eleições legislativas de outubro.

A desaceleração da inflação em pesos ocorreu paralelamente a um aumento dos preços em dólares, tornando a Argentina um dos países com custo de vida mais alto da região.