O Senado dos EUA confirmou Robert F. Kennedy Jr. como secretário de Saúde e Serviços Humanos, após semanas de incerteza sobre sua aprovação.
Os senadores votaram 52 a 48 nesta quinta-feira. Apenas um republicano, Mitch McConnell, juntou-se aos democratas contra Kennedy. “Ele falhou em provar ser a melhor escolha”, disse McConnell, citando seu histórico em vacinas.
Kennedy, de 71 anos, advogado ambiental e ativista antivacina, vem de uma família icônica dos democratas. Sobrinho de John F. Kennedy e filho de Robert F. Kennedy, ele lançou candidatura presidencial em 2023. Buscou a indicação democrata, tornou-se independente e desistiu para apoiar Trump.
Por 20 anos, presidiu a Waterkeeper Alliance. Fundou a Children’s Health Defense, que contestou legalmente aprovações de vacinas. Ele é casado com a atriz Cheryl Hines e tem seis filhos.
Kennedy agora lidera o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), que supervisiona o CDC, NIH, Medicare, Medicaid e a FDA – as agências de saúde dos Estados Unidos. O orçamento do órgão ultrapassa US$ 3 trilhões, cobrindo mais de 140 milhões de americanos.
Ao tomar posse nesta quinta-feira, Trump assinará uma ordem executiva para criar a comissão “MAHA”, baseada no lema “Make America Healthy Again”. A Casa Branca declarou que Kennedy será encarregado de investigar “a crise crônica” da saúde nos EUA.
Kennedy prometeu combater doenças crônicas, revisar a relação entre reguladores e a indústria farmacêutica e incentivar a remoção do flúor dos sistemas de água do país.
Críticos e democratas afirmam que sua postura antivacina o torna inadequado para o cargo.