O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (12), que a indústria da defesa brasileira receberá R$ 112,9 bilhões até 2026. O investimento integra a Missão 6 da Nova Indústria Brasil (NIB).
Os recursos fortalecerão cadeias produtivas de satélites, veículos lançadores e radares. Com isso, o domínio de tecnologias críticas para defesa deve subir de 42,7% para 55% até 2026 e atingir 75% até 2033.
Do total, R$ 79,8 bilhões virão de recursos públicos, incluindo o PAC Defesa, com R$ 31,4 bilhões, voltados a projetos como o caça Gripen, o cargueiro KC-390, viaturas blindadas, fragatas e submarinos.
O setor privado investirá R$ 33,1 bilhões, distribuídos entre aeroespacial e defesa (R$ 23,7 bilhões), nuclear (R$ 8,6 bilhões) e segurança (R$ 787 milhões).
Projetos financiados pela Finep incluem o reator multipropósito brasileiro e um foguete de decolagem para veículos hipersônicos, que já receberam R$ 4,2 bilhões, com previsão de mais R$ 331 milhões.
Desde seu lançamento, a NIB soma R$ 3,4 trilhões em investimentos, sendo R$ 1,1 trilhão públicos e R$ 2,24 trilhões privados.
— Os investimentos por missão são:
• Missão 1 – Agroindústria sustentável e digital: R$ 546,7 bilhões.
• Missão 2 – Saúde e SUS: R$ 59,2 bilhões.
• Missão 3 – Infraestrutura e mobilidade: R$ 1,666 trilhão.
• Missão 4 – Transformação digital da indústria: R$ 240,4 bilhões.
• Missão 5 – Bioeconomia e energia: R$ 805,8 bilhões.
• Missão 6 – Defesa e soberania: R$ 112,9 bilhões.
— No setor privado, os aportes são:
• Construção: R$ 1,06 trilhão.
• TI: R$ 100,7 bilhões.
• Automotivo: R$ 130 bilhões.
• Agroindústria: R$ 296,3 bilhões.
• Aço: R$ 100 bilhões.
• Papel e celulose: R$ 105 bilhões.
• Saúde: R$ 39,5 bilhões.
• Energias renováveis: R$ 380,1 bilhões.
• Defesa, aeronáutica e nuclear: R$ 33,1 bilhões.